Tanque para transporte de vinhaça – Tanque gota

Descrição: O reprojeto do Tanque para transporte de vinhaça – Tanque gota, feito pela Engcom Soluções, levou 8 meses e requisitou 560 mil reais de investimento. Contou com as tecnologias oferecidas por empresas como Owens Corning, Ineos e Redelease.

Para este produto foram observados mais de 10 anos do uso do tanque em compósito no mercado sucroalcooleiro. Foram registrados os pontos falhos, reclamações e sugestões dos usuários. Com base nestes dados partiu-se para uma nova criação que pudesse atender aos asseios do mercado. Foram empregadas muitas horas de engenharia e testes mecânicos para identificar a matriz polimérica mais adequada para se chegar ao novo produto. O produto segue as etapas de processo: liner= hand lay up ; estrutura= filament winding. Foram empregadas as matérias primas: Fio roving, tecido, véu e manta de vidro, resina de poliéster isoftálica; catalisador=peróxido orgânico. A grande novidade é a forma do equipamento que exigiu a confecção de alguns dispositivos para propiciar a execução desejada do produto.

Este equipamento é uma inovação do equipamento existente a cerca de 20 anos no mercado. Durante este tempo pode ser colhidas muitas informações que pudessem ser utilizadas em um novo projeto de tanque, mantendo a finalidade e trazendo benefícios ao mercado. Bem, este equipamento merece destaque: (1) Sua forma revolucionária – é uma peça que pode varia de 7 a 12 metros de comprimento (usual do mercado, mas pode ser maior ou menor mediante necessidade e dimensionamento prévio) e tem a geometria trilobular. A geometria foi a grande sacada; (2) Com esta geometria o equipamento passou a ter maior estabilidade por vir a ter seu centro de gravidade mais baixo. Esta condição proporcionou sanar um grande problema do usuária que eram os tombamentos; (3) Com esta nova geometria, as paredes internas ficaram com maior ângulo de inclinação, possibilitou um descarregamento mais rápido, quando por gravidade; (4) O novo tanque (gota) em relação ao seu antecessor ficou 16,5% mais leve, mantendo, obviamente, o mesmo desempenho mecânico. Com esta redução de peso temos economia de combustível na ordem de 6,0%, economia de pneus na ordem de 4,5%; (5) Após 20 anos surge um tanque com uma geometria revolucionária para agradar aos usuários.

É ideal para o mercado do agronegócio. O grande segmento é o de açúcar e álcool, que transporta vinhaça e calda pronta, com aplicação direta sobre o campo plantado. No entanto, existem os chamados tanques aplicadores onde a atuação pode ser em outros tipos de lavoura.

Este reprojeto desempenha diversas funções:

(1) Transportar vinhaça da usina até os pontos de aplicação no campo (por moto-bomba; ou descarga nos canais de irrigação – mais raro);
(2) Para transportar vinhaça enriquecida com fertilizantes para ser aspergida em áreas pré determinadas;
(3) Tanques aplicadores – tanques em compósito que recebem mecanismos externos para possibilitar a aplicação da vinhaça, localizada. É conveniente ressaltar que a vinhaça, por si só, é um fantástico fertilizante natural. Estes aplicadores recebem vinhaça aditivada/enriquecida. A técnica de aplicação direta no pé da planta, se projeta para várias culturas, não só a cana de açúcar;
(4) Tanques para transporte de água potável pata abastecer as frentes de trabalho durante o período de colheita da cana ( tanques com 3 m³ de capacidade)

Os ensaios foram feitos em laboratório próprio. No entanto, foi posto um protótipo para trabalhar ao longo de uma safra de cana, monitorado ao longo deste período, cera de 8 meses, e os resultados foram positivos validando as premissas do projeto, com louvor.

A vinhaça é um produto muito corrosivo. Equipamentos de aço, nos idos de 1980, se deterioram por corrosão e fadiga mecânica em no máximo 2 anos. Existe evidências, vivas, de equipamentos em compósito, neste ambiente em operação de 1985. Os usuários, mercado sucroalcooleiro já conhecem o tanque em compósito de longa data. Mas a Engecom está trazendo essa repaginação, que inclui novo desenho (geometria do tanque), maior segurança durante a rodagem (centro de gravidade + baixo), maior velocidade de descarga (ganho em nº de viagens da usina ao campo), menor consumo de combustível e menor consumo de pneus.

Este produto tem hoje uma demanda na ordem de 600 a 800 unidades ano.